“All Things Must Pass”: A Jornada Espiritual e Musical de George Harrison
Lançado em 27 de novembro de 1970, “All Things Must Pass” não é apenas o primeiro álbum triplo da história do rock, mas também uma declaração artística profunda de George Harrison.
Neste trabalho, Harrison se afasta da sombra dos Beatles para explorar profundamente suas influências musicais, espirituais e criativas, resultando em um álbum que é tanto uma reflexão íntima quanto uma exploração sonora expansiva.
O Contexto de Criação
Após o término dos Beatles, George Harrison tinha um vasto acervo de músicas que não haviam sido utilizadas pela banda, algumas das quais encontrariam seu lar em “All Things Must Pass”.
Com a produção do lendário Phil Spector, conhecido por sua técnica de “Wall of Sound”, o álbum oferece uma experiência auditiva rica e texturizada que ainda ressoa com os ouvintes décadas depois.
Faixas Emblemáticas
- “My Sweet Lord“: O primeiro single do álbum, é uma expressão sincera da espiritualidade de Harrison, misturando elementos do Hare Krishna com o gospel cristão. Esta faixa se tornou um hit mundial, simbolizando a busca espiritual universal.
- “What Is Life“: Uma faixa otimista com uma linha de guitarra memorável, destacando-se como um dos momentos mais alegres do álbum.
- “All Things Must Pass“: A faixa-título reflete sobre a natureza transitória da vida, oferecendo conforto e perspectiva diante das mudanças inevitáveis.
A Produção e o Som
A produção de “All Things Must Pass” é notável por seu uso da técnica de “Wall of Sound” de Spector, criando uma paisagem sonora densa e rica que complementa a profundidade das composições de Harrison.
O álbum também apresenta contribuições de músicos notáveis, como Eric Clapton, Ringo Starr e Billy Preston, entre outros, que ajudam a trazer à vida a visão musical de Harrison.
Recepção e Legado
“All Things Must Pass” foi aclamado pela crítica e adorado pelos fãs, estabelecendo George Harrison como uma força poderosa e independente na música.
O álbum alcançou o topo das paradas em todo o mundo e permanece um marco na história do rock.
Além de seu sucesso comercial, o álbum é celebrado por sua sinceridade emocional, profundidade espiritual e inovação musical.
Conclusão
“All Things Must Pass” é mais do que um álbum; é uma jornada espiritual e uma obra-prima musical.
Com sua combinação de introspecção, exploração musical e colaborações estelares, George Harrison criou um trabalho atemporal que continua a inspirar e emocionar.
Este álbum não apenas solidificou o legado de Harrison fora dos Beatles, mas também ofereceu ao mundo uma visão única de sua alma.
Ficha Técnica
Lançamento
- Data de Lançamento: 27 de novembro de 1970
Gravadora
- Apple Records
Faixas do Álbum
- “I’d Have You Anytime”
- “My Sweet Lord”
- “Wah-Wah”
- “Isn’t It a Pity”
- “What Is Life”
- “If Not for You”
- “Behind That Locked Door”
- “Let It Down”
- “Run of the Mill”
- “Beware of Darkness”
- “Apple Scruffs”
- “Ballad of Sir Frankie Crisp (Let It Roll)”
- “Awaiting on You All”
- “All Things Must Pass”
- “I Dig Love”
- “Art of Dying”
- “Isn’t It a Pity (Version 2)”
- “Hear Me Lord”
- “Out of the Blue”
- “It’s Johnny’s Birthday”
- “Plug Me In”
- “I Remember Jeep”
- “Thanks for the Pepperoni”
Duração Total do Álbum
- Aproximadamente 105 min 59 segundos
Produção
- George Harrison, Phil Spector
Músicos
- George Harrison: Vocais, guitarras, slide guitar, dobro, teclados, sintetizador Moog
- Eric Clapton: Guitarra
- Gary Wright: Piano, órgão, teclados
- Bobby Whitlock: Órgão, piano, harmônio
- Billy Preston: Piano, órgão
- Klaus Voormann: Baixo
- Ringo Starr: Bateria
- Jim Gordon: Bateria
- Carl Radle: Baixo
0 Comentários