Explorando “Smells Like Children” de Marilyn Manson: Um Marco Controverso na Música Industrial
Lançado em 24 de outubro de 1995, “Smells Like Children” de Marilyn Manson não é um álbum tradicional, mas sim um EP remixado que marcou uma transição significativa na carreira da banda, levando-os de uma obscuridade relativa ao estrelato controverso.
Este trabalho é uma mistura caótica de covers, remixes e interlúdios que mergulham fundo na psique perturbadora e na visão de mundo única de Manson e sua banda.
Gênese e Produção
Originalmente concebido como um EP de remixes para a faixa “Dope Hat”, “Smells Like Children” evoluiu para uma entidade própria sob a direção do produtor Trent Reznor.
Gravado em parte durante a turnê “Portrait of an American Family”, o projeto reflete a atmosfera decadente e transgressiva que cercava a banda na época.
O Conteúdo: Entre a Transgressão e a Revelação
A faixa de abertura, “The Hands of Small Children”, prepara o palco para um álbum que desafia abertamente as normas sociais e morais.
O cover de “Sweet Dreams (Are Made of This)” do Eurythmics, talvez a faixa mais conhecida do EP, é uma reimaginação sombria que catapultou Marilyn Manson ao olho do público mainstream.
Interlúdios como “May Cause Discoloration of the Urine or Feces” e “Dancing with the One-Legged…” adicionam uma camada de surrealismo e choque, elementos que se tornariam sinônimos do estilo de Manson.
Impacto e Recepção
“Smells Like Children” solidificou o lugar de Marilyn Manson no cenário do rock industrial, enquanto pavimentava o caminho para o sucesso comercial de trabalhos futuros.
O álbum gerou controvérsia significativa, com críticos e o público divididos sobre seu valor artístico e mensagem.
Apesar disso, ou talvez por causa disso, “Smells Like Children” alcançou o status de disco de platina, um testemunho de seu impacto duradouro.
Legado
O EP não apenas elevou Marilyn Manson a novos patamares de fama e infâmia, mas também destacou a capacidade da banda de explorar os limites da expressão artística.
“Smells Like Children” é frequentemente citado como um ponto de inflexão na música industrial, influenciando uma geração de artistas dispostos a explorar o lado mais sombrio da psique humana.
Conclusão
“Smells Like Children” de Marilyn Manson é mais do que um álbum; é um manifesto cultural que desafia as convenções.
Através de sua mistura de música industrial, performance teatral e provocação deliberada, Manson conseguiu não apenas capturar a atenção do mundo, mas também iniciar uma conversa sobre os limites da arte e da decência.
Para os fãs de música que procuram entender a evolução do rock industrial e seu impacto na cultura popular, “Smells Like Children” oferece uma visão fascinante e inegavelmente controversa.
Ficha Técnica
Lançamento
- Data de Lançamento: 24 de outubro de 1995
Gravadora
- Nothing e Interscope Records
Faixas do Álbum
- The Hands of Small Children
- Diary of a Dope Fiend
- Shitty Chicken Gang Bang
- Kiddie Grinder
- Sympathy for the Parents
- Sweet Dreams (Are Made of This) – Cover de Eurythmics
- Everlasting Cocksucker
- Fuck Frankie
- I Put a Spell on You – Cover de Screamin’ Jay Hawkins
- May Cause Discoloration of the Urine or Feces
- Scabs, Guns and Peanut Butter
- Dance of the Dope Hats
- White Trash
- Dancing with the One-Legged…
- Rock ‘n’ Roll Nigger – Cover de Patti Smith
- “Untitled” (“Shitty Chicken Gang Bang”)
Duração Total do Álbum
- Aproximadamente 54 min 43 segundos
Produção
- Tom Werman e Lew Futterman
Membros da Banda
- Marilyn Manson (Brian Warner) – vocal, arranjos
- Daisy Berkowitz (Scott Putesky) – guitarra
- Twiggy Ramirez (Jeordie White) – baixo
- Madonna Wayne Gacy (Stephen Bier) – teclados, loops, outros instrumentos
- Ginger Fish (Kenny Wilson) – bateria
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